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Maxilas atróficas em Implantodontia: o que fazer nestes casos?​

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Entenda o que são maxilas atróficas e como funcionam as fixações zigomáticas e por que você, implantodontista, deve dominá-las!

Milhões de pessoas mundo afora sofrem com perda de dentes. Com o aumento da expectativa de vida no Brasil e também o aumento da população idosa, surge um considerável problema de saúde: pacientes edêntulos com reabsorção óssea dos maxilares, conforme PADOVAN, 2008.​

O avanço da tecnologia e as inúmeras novas técnicas proporcionaram avanços significativos para a Odontologia.​

Para permitir que indivíduos com maxilas atróficas possam ser reabilitados, diversas técnicas vêm sendo descritas e desenvolvidas, entre elas o uso de implantes zigomáticos.​

É uma técnica eficiente e muito promissora, pois não necessita de enxerto ósseo, sendo mais econômica, além de apresentar fases cirúrgicas reduzidas, com menor tempo de tratamento quando comparada a outras técnicas utilizadas para estes casos.​

Mas, para executá-la, é fundamental um conhecimento amplo de anatomia, as especificações técnicas da área envolvida e considerações biomecânicas. ​

Por que é necessário entender sobre fixações zigomáticas?

A reabsorção óssea centrífuga, que acontece na mandíbula, e a reabsorção óssea centrípeta da maxila após a extração dentária, produz quantidades inadequadas de osso para que depois possam ser colocados os implantes dentários, conforme TELLES, et al., 2009. ​

Além disso, a maxila possui características dificultadoras para a reabilitação com implantes, como seu alto padrão de reabsorção óssea, presença de acidentes anatômicos e a sua predominância de osso esponjoso, o que faz com que a maxila seja um receptor pobre para fixação dos implantes osseointegráveis, conforme PADOVAN, 2008. ​

Talvez você não saiba, mas 11% da população brasileira é de edêntulos, ou seja, quase 16 milhões de pessoas. Entender sobre as melhores técnicas de acordo com as possibilidades individuais de cada caso é fundamental para obter êxito a longo prazo.​

A fixação zigomática começou a ser utilizada na reabilitação de maxilas descontínuas para ancorar o aparelho protético. Os estudos e a experiência clínica revelaram que o osso zigomático pode ser considerado uma excelente ancoragem para próteses dentárias. ​

A partir de então, o osso zigomático pode ser considerado uma opção de tratamento eficiente quando os procedimentos de enxerto ósseo falhavam.​

O que é o implante zigomático?

O implante zigomático é um implante de titânio, rosqueável e longo, que pode ser encontrado em 8 comprimentos, de 30 a 52,5mm, em intervalos de 2,5mm, tendo os dois terços apicais 4mm de diâmetro e o terço alveolar 4,5mm. ​

É um implante que pode ter um corpo cônico ou cilíndrico, apresentando espiras em todo seu corpo ou apenas nas extremidades. Além disso, sua superfície pode ser lisa ou tratada, conforme MALEVEZ, 2004.​

A técnica do implante zigomático pode ser uma alternativa eficiente para os casos em que enxertos autógenos seriam necessários, utilizando o zigoma como uma ancoragem forte.​

Quais as técnicas disponíveis para fixações zigomáticas?

São descritas três técnicas: convencional (BRANEMARK ,1989), fenda sinusal (STELLA, WARNER 2000) ou simplificada e exteriorizada (FERRARA, STELLA, 2004). ​

Já entende de Implantodontia e quer dominar a fixação zigomática? ​

Coordenadores:

Carlos Henrique Silveira Villela – CRO-SP 49116

  • Mestre em Engenharia de Materiais pela FEM – UNICAMP.​
  • Especialista em Implantodontia pela Associação Brasileira de Odontologia.​
  • Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares, pelo Conselho Federal de Odontologia.​
  • Presidente da Associação Brasileira de Odontologia – Regional Sorocaba.​

Marcelo de Sá Zamperlini – CROSP 71982

  • Especialista, Mestre e Doutorando em Implantodontia, Residente – HRAC-USP/Bauru (Centrinho).​
  • Professor dos Cursos de Aperfeiçoamento e Especialização ABO Campinas.​
  • Coordenador dos Cursos de Imersão em Implantodontia Soebras Florianópolis e Swiss Dental Services na Cidade do Porto e Lisboa/Portugal.​
  • Presidente ABO – Regional Campinas, atuação em Clínicas Particulares.​

Dr. Rodolfo Amorim de Pádua – CROSP 61985

  • Especialista em Implantodontia (Famosp/SP).​
  • Diretor Clínico das ABOs Campinas-SP e Sorocaba-SP.​
  • Professor dos Cursos de Aperfeiçoamento e Especialização ABO Campinas-SP e Sorocaba-SP.​

REFERÊNCIAS: Natália Loren Barbosa; Rafaela Akemi Mano Shimohira. Implante zigomático: Vantagens e desvantagens do implante zigomático em maxila atrófica. Uberaba.​

Dr. CARLOS HENRIQUE SILVEIRA VILLELA

Dr. CARLOS HENRIQUE SILVEIRA VILLELA

CRO-SP 49116