Para compreender a oclusão em implantes é fundamental entender o conceito de oclusão ideal e também como funciona a oclusão na dentição natural.
A oclusão ideal pode ser definida como uma oclusão compatível com a mastigação do paciente, o que significa que ela possui uma função efetiva, além de também estar vinculada a estética e fonética do paciente, ou seja, a oclusão envolve muitos fatores.
Inclusive, alguns estudiosos defendem que a oclusão do paciente deve ser feita antes mesmo de se considerar a opção de instalar implantes e nestes casos, algo muito importante a ser considerado são as relações dentárias que podem ser analisadas de forma estática ou dinâmica, pois assim é possível estudar os movimentos mandibulares sem interferência de reflexos neuromusculares, por exemplo. Para isso, o articulador semi-ajustável é uma excelente ferramenta para reproduzir a situação clínica do paciente.
Talvez agora você esteja se perguntando: por que pensar em oclusão antes mesmo da colocação de implantes?
A questão é que a análise e estudo dos modelos articulados podem determinar a necessidade de ajustes, desgastes, acréscimos, ortodontia ou até mesmo cirurgia ortognática antes da cirurgia, permitindo um posicionamento mais favorável dos dentes na arcada.
Considerando o ato cirúrgico em si, o esquema oclusal, a quantidade de implantes, o posicionamento, a angulação, comprimento e diâmetro devem ser previamente planejados. Além disso, é importante considerar os aspectos biomecânicos como:
- Quantidade, qualidade e propriedades do osso;
- Comprimento, diâmetro, forma e tipo de conexão do implante;
- Anatomia da prótese se possui ou não cantilever;
- As cargas aplicadas.
Ainda quando pensando em oclusão em implantes, é importante ter em mente que existem diferentes esquemas oclusais que podem ser aplicados, entretanto alguns são mais indicados, sendo eles:
- Balanceamento bilateral;
- Proteção mútua;
- Balanceamento unilateral (função em grupo);
- Liberdade em cêntrica;
- Oclusão lingualizada.